ARTIGOS


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Depoimento: A família que escolhemos


   Em sentido dicionarizado, irmão (do latim “germanu”) é o filho do mesmo pai e da mesma mãe, ou só do mesmo pai ou só da mesma mãe. De modo menos óbvio, dicionários ainda trazem a definição de “amigo inseparável” como sendo uma definição da palavra “irmão”. 
   Recentemente, aprendi que um irmão é alguém por quem você tem um sentimento que não sabe traduzir em palavras. Todos nós sentimos falta de nossos amigos se estamos longe deles, ou afastados por qualquer outro motivo mais sério. Meses se passam e a saudade só cresce. Isso é inevitável em qualquer amizade. Mas quando se tem um amigo-irmão, estar afastado é viver em preto-e-branco. 
    Após uma reunião de amigos-irmãos, tudo o que se sente é um vazio por saber que sua vidinha morna e longe dessas pessoas que você tanto admira espera ansiosamente por você. 

   Parece pieguice, mas a realidade é essa mesmo. A derrubada de todos os tabus que o naturismo representa cria nas relações humanas dentro desse meio uma franqueza e uma parceria raríssimas de se encontrar hoje em dia em qualquer outro meio social. 


Despir-se, aqui, é muito mais do que se mostrar frágil perante o outro; é confiar plenamente no poder de um abraço, no calor de uma palavra amiga, na amizade e no amor sem barreiras, na pureza de um sentimento. 


   Enfim, despir-se, aqui, é confiar plenamente no próximo. Tal confiança é algo que experimento todas as vezes em que estou com meus amigos do meio naturista. 

     Neste último final de semana, fui a Limeira e revi meus amigos que fiz há alguns meses. Eles também fazem parte desse seleto grupo de amigos-irmãos meus, e revê-los é como matar uma saudade de anos, décadas sem se ver. O tempo parece que passa mais devagar se estamos nesse hiato entre uma visita e outra. E os chamo assim, de amigos ou de irmãos, porque o sentimento que tenho por eles é muito próximo ao que tenho por minha irmã. Esse carinho louco, esse afeto, essa vontade de cuidar e de estar sempre presente, sempre próximo. Tudo isso faz com que eu não consiga mais imaginar minha vida se eu não fosse naturista. 
   
   Sim, eu tenho expressado cada vez mais, nas redes sociais e nos locais que frequento, que sou naturista e que o naturismo transformou a minha vida para melhor, quiçá para o melhor que ela poderia ser em termos de relações humanas. 
   

   Faço isso tudo porque quanto mais pessoas conhecerem o naturismo, menos torcerão o nariz para a prática sem ao menos conhecê-la efetivamente. 


Amar um amigo é prática cotidiana. Fazer dele parte da sua família quando o tempo cronológico está contra as possibilidades, é algo que só se vê em nosso meio. 


Venha conosco!


(por Bruno Piatto)




quarta-feira, 8 de abril de 2015

Simplesmente corpos nus



   É muito legal ver corpos nus em público sendo utilizados de outras maneiras sem o objetivo da autopromoção (exibicionismo) ou de induzir ao sexo.

   E é com a mesma naturalidade desses artistas que nos apresentamos nos encontros ou lugares naturistas, e é claro, quando não há exibicionismo não há o porquê nos preocuparmos com o formato do nosso corpo, afinal, nos encontros naturistas somos aceitos como somos, respeitamos os outros como os são, por conta disso acabamos "tropeçando na transparência" e descobrindo pessoas maravilhosas que se mostram muito maiores e especiais do que apenas um corpo nu, dentro ou foras dos "padrões midiáticos e demasiado capitalistas".

   Claro, não queremos promover aqui o desprezo ou a desvalorização do corpo, da sensualidade e do sexo em si, pelo contrário...

   Propomos na verdade um revisão cultural e
um novo desenvolvimento do nosso controle emocional.


   Milhares de culturas mundo a fora conseguiram. O que difere a nossa capacidade da capacidade deles?

   Assim como uma onda após a outra, sem causar muito alarde, sem precisar impor nossas vontades e preferências ao outro, se nos tornarmos pouco a pouco naturistas caseiros, em família, entre amigos... Muito provável conseguiremos tornar isso um costume simples e natural, assim como é num vestiário de um clube, na sala de cirurgia, na rotineira consulta ao médico, entre as crianças que brincam nuas porque ainda não aprenderam que o corpo nu "só serve para determinadas coisas e mais nada", por fim, é muito provável que com isso alcançaremos melhorias sociais muito saudáveis.

Claro, tudo isso com um passo após o outro!


Enquanto isso "nu" Brasil: 

Mostra de arte com alunos nus gera polêmica em universidade no AM






terça-feira, 7 de abril de 2015

Reportágem: Carina, êxtase da existência


    "Reportagem que explica a experiência da Carina Moresch no tempo em que morou na maior vila naturista da América Latina, a Colina do Sol."

Hoje, Carina é Editora e fotógrafa da Revista Virtual Brasil Naturista e é uma das maiores representantes femininas de nossa cultura.

    Este vídeo, assim como tantos outros vídeos legais que promovem a cultura naturista, já é bem conhecido entre os naturistas veteranos, mas sempre vale a pena compartilhá-lo novamente para os novatos que não param de chegar.

Carina, ecstasy of existence from NUCAT: nudisme a Catalunya on Vimeo.
Reportatge que explica l'experiència d'una jove que viu en el club naturista "Colina do Sol" del Brasil. Reportatge en portuguès i subtitulat en anglès.

http://www.nucat.cat





domingo, 5 de abril de 2015

Por que é que eu ficaria pelado?


   Quem já é naturista possivelmente passou por situação semelhante. Você tem suas amizades dentro e fora do naturismo, e, apesar de diferentes, não exclui uma da outra: todos são amigos seus, todos são dignos do seu carinho e do seu apoio. Mas aí aquele seu grande amigo (que não é naturista) descobre que você é. E é um baque! Não deveria ser, mas acaba chocando, a princípio.

   E dentre todas as perguntas óbvias (“Nossa, mas você não se excita?”, “E não tem nada a ver com sexo?” e outras tantas que, se não são bobas ou ofensivas, são no mínimo ingênuas), vem a pergunta que mais me incomoda dentre todas:

“Por que ficar pelado?” 


   Por quê? Você ainda não sabe?
   Não é que eu fique ofendido com a pergunta, mas é claro pra mim que há muitos motivos pelo qual a nudez é importante dentro da prática do naturismo, e, apesar disso, está longe de ser a principal marca do naturismo. Quem não conhece nossa filosofia realmente acredita que ser naturista é só ficar pelado. Na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê. Mal sabem eles que naturismo tem muito mais a ver com respeito do que com nudez. E não tem absolutamente nada a ver com sexo. Não me entendam mal, não é que naturista não gosta de sexo, ou que naturista acha que sexo é sujo. 

Nós só temos a certeza de que 

sexo e naturismo são diferentes. 


   Se você gosta de fazer sexo a dois, a três, com homem(ns) ou mulher(es) ou com troca de casal(is) ou qualquer coisa do tipo, que ótimo! Encontre um lugar apropriado para o seu desejo e vá em frente. Mas ninguém é obrigado a assistir à sua prática de perto. 

   O problema da bendita pergunta do “por quê ficar pelado” é outro. Nudez faz bem pra pele, e ponto. É cientificamente provado que grande parte dos indivíduos com deficiência em vitamina D tenham pouca exposição ao sol. Portanto, aproveitar a luz do sol ao máximo (tomando as devidas precauções) é, no mínimo, saudável. 



    Além disso, quem acompanha nosso blog sabe da minha posição: se naturismo tem tudo a ver com respeito a si mesmo, então precisamos aprender a praticar o autoamor. E que maneira melhor de se fazer isso do que aceitar que seu corpo é perfeito do jeito que é? 

  
   Todo corpo é bonito, e a indústria da moda, a mídia e a sociedade num geral nos faz pensar o contrário o tempo todo. Não importa se você é homem ou mulher. Sabemos que essa questão da aparência geralmente afeta mais as mulheres, mas nós homens somos ensinados o tempo todo de que “o corpo das mulheres é lindo” e “um homem pelado é um negócio nojento”. Ficar nu é, portanto, aceitar que sempre fomos condicionados a pensar asneiras sobre nós mesmos e sobre nossa aparência.
Além disso, temos o respeito ao próximo.

 Conhecer outras pessoas nuas é conhecê-las verdadeiramente. 

 
   Não é que estejamos fragilizados quando nus, mas estamos despidos (literalmente) de tudo aquilo que desejamos demonstrar ao próximo antes de conversarem conosco. Portanto, para conhecer os demais, um naturista deve dialogar. Não tem nada mais positivo num encontro com pessoas do que isso. E só para completar, temos o respeito ao ambiente. De que forma, você pode pensar, é desrespeitoso eu andar vestido na praia? Ou numa floresta? Ou em qualquer outro lugar? Bem, não é. Mas andar nu é estar em contato com o ambiente, saber que você faz parte dele e que, portanto, desrespeitá-lo é atacar a si mesmo de modo direto.
   Nossa relação com o mundo muda diretamente quando nos tornamos naturistas. Nossa relação com as pessoas também. E nossa compreensão de nós mesmos também muda. 

É fácil ser naturista, basta querer viver. 


   Caso você ainda tenha alguma dúvida das razões pelas quais deveríamos ficar nus com mais frequência, recomendo o artigo:

Dez razões pelas quais você deve ficar nu mais frequentemente


(por Bruno Piatto)






+ lidos



Está esperando o que para ser um jovem naturista???


Ingresse de vez nessa prática e experimente a liberdade
de estar nu sem tabus.