Vos convido mais uma vez a pensarmos sobre aceitação, tanto de nós mesmo como dos outros.
É incrível como o mundo em que vivemos tem a força de depreciar as pessoas, rotular e levar alguns a caminhos sombrios e desnecessários. Cada vez mais vemos pessoas maltratadas e que entram em um poço profundo, em um túnel de escuridão, pelo simples fato de que muitos gostam de expor suas opiniões, acham que suas opiniões são corretas e imaculadas e acabam incitando ódio e levando o sentimento de desconexão do todo para aqueles que são diferentes.
Tirar a roupa, além de toda a beleza e naturalidade que esse ato tem em si, para mim é também um ato de aceitação, de auto entendimento e também de protesto às imposições que sofremos.
Quando estou nu me sinto dono de mim mesmo, me sinto, apesar do paradoxo, vestido com um escudo invisível. Na nudez podemos encontrar uma forma de mostrar ao mundo que não somos coniventes com tudo que empurram pra cima da gente. É um basta a todas as camadas que querem usar para nos cobrir. É um basta a:
"mulheres não podem fazer isso ou aquilo",
"você precisa seguir o padrão de beleza e de atitude da maioria",
"temos que seguir os princípios tradicionais, não podem se relacionar com quem desejam".
Li um dia desses uma frase muito bonita: "Em tempos de ódio, o amor é um ato de rebeldia". Eu diria mais: "Em tempos de intolerância, a liberdade é um ato de rebeldia".
Naturismo é liberdade!
Tiremos nossas roupas, nos aceitemos e mostremos ao mundo que todos podem e devem ser lindos como queiram, como naturalmente o são!
Segue a baixo a matéria que me inspirou a escrever esse pequeno artigo
Edson Vieira Filho
Ensaio sensível mostra a luta de uma obesa para aceitar seu corpo
Angústia, raiva, cansaço, tristeza. Pode-se dizer que só quem é ou já foi obeso conhece a fundo essas sensações, capazes de dilacerar a alma assim que os olhos encontram o corpo no espelho.
A fotógrafa norte-americana Samantha Geballe vivia em um misto de agonia e coragem quando tomou duas decisões importantes: ela iria fazer uma cirurgia de redução do estômago e tentar colocar em imagens todos esses sentimentos que vêm “de brinde” com a obesidade. Relutante em pedir para que alguém a fotografasse, ela mesma começou a preparar autorretratos, na série intitulada “Self-Untitled” (Eu sem título, em português), em que revela de forma sensível sua luta contra a obesidade e, ao mesmo tempo, pela aceitação do corpo.
Logo após a cirurgia, quando o peso começou a diminuir, Samantha passou por uma fase de bloqueio, em que se sentia exposta, quase nua. Utilizando esse gancho, a fotógrafa deu início à segunda parte do projeto, já depois da cirurgia e com menos peso, em que se fotografa sem roupas.
“Foi a primeira vez em que, ao ver uma foto que eu tirei de mim mesma, eu me achei bonita“, afirma.
Confira algumas das imagens que compõem a série:
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